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"Belas e lúdicas as ilustrações prendem a atenção e despertam a fantasia que une adultos e crianças." (Bons Fluídos, fev. 2009)




* Acima, lápis de cor e aquarela sobre canson. Analu Alves - 05/2010.



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Ana e os Bonecos - Tradutor

Ana e os Bonecos - Pesquisa

26/05/2008

Ana e os Bonecos - Gêneros do Teatro de Bonecos






GÊNEROS DO TEATRO DE BONECOS

Por Ana Luiza Alves

É comum, nós (marionetistas e/ou bonequeiros), ouvirmos como resposta o típico:
-Onde você trabalha?
-Eu trabalho com teatro de bonecos...
-Ah! Você manipula aqueles assim... (e faz movimentos com as mãos) ou aquele de fios... É... Marionete, né?

E o que percebemos é uma total desinformação das pessoas frente ao vasto mundo de pesquisas e cultura que envolve o teatro das formas animadas. Para os "leigos", o teatro de bonecos se resume a fio e luva e ainda à "animação" de eventos e festas infantis.

Aqui, falo um pouco dos gêneros do teatro de bonecos. Não entrarei no mérito da valorização que é dada a nossa profissão nem à culturas específicas de variações do teatro como "Bunraku", teatro "Waiang" na Indonésia", "Vietnamese Water Puppet Show", etc.


Boneco de Luva:

Considerado como o único tipo de boneco “que corre sangue por dentro”; Isso, por causa da mão do marionetista que preenche o corpo do mesmo. No Brasil, este tipo de boneco é conhecido também como fantoche.

Na Europa tem diversos apelidos como: “Guignol” na França, “Punch” na Inglaterra, “Karspel” na Alemanha e “Pulcinella” na Itália. É um boneco típico de rua que normalmente tem atuação baseada em histórias curtas e improvisos (pergunta/resposta/ação). No Brasil se apresenta tipicamente como mamulengo.
Diferente do que se pensa e do que se vê muitas vezes (em simples animações), o boneco de luva é um boneco com manipulação extremamente difícil. Na China por exemplo, há exímios marionetistas que estudam até 400 movimentos de manipulação e seus dedos das mãos se alongam de forma bastante exagerada.

Os bonecos de luva surgiram na Pérsia. Em 1211 foram para a Europa e chegaram ao “povo” através dos ciganos.

Dedoches são considerados bonecos de luva.

Boneco de Fio:

Conhecido como marionete no Brasil, o boneco de fio é um boneco de construção complexa e manipulação difícil. Com ele é possível desenvolver bonecos com movimentos muito próximos ao do ser humano principalmente quando se tem um projeto consistente do personagem antes da construção. Ex: um pianista que poderá ter movimentos muito definidos e “perfeitos” de pulso, mãos, braços e dedos até. Claro, isso resulta de um conjunto de excelência do boneco e do marionetista.

É importante ressaltar que há casos, por exemplo, quando se quer demonstrar danças como a do "congado", que se utiliza de passos firmes, em que o boneco de fio não é a melhor opção. Assim, faz-se importante o conhecimento dos gêneros com estudos de prós e contras de cada tipo ou ainda, o desenvolvimento de técnicas mistas.

O marionete é um boneco lento e delicado. Isso por ser acionado por fios (tensão dos fios). O equilíbrio do boneco funciona como de um pêndulo.

Este boneco surgiu na Índia. Acredita-se que anteriormente ao teatro de atores.

Boneco de Vara:

Montado em torno de uma vara principal (vara de manipulação), deriva do Gênero “wayang”, gênero de boneco de vara da Ilha de Java na Indonésia.

A técnica deste boneco é de manipular o boneco de baixo pra cima, onde os marionetistas ficam atrás de uma tapadeira. Normalmente o boneco possui manipulação com uma vara mais fina em uma das mãos. Há a possibilidade de se ter uma vara em cada mão com somente um marionetista no caso deste ter muita prática. O comum, quando se deseja uma manipulação com mais movimentos é de um marionetista manipular o corpo e a cabeça e o outro as mãos e os pés (manipulação direta).

Alguns destes bonecos, são complexos e contam com mecanismos que possibilitam o movimento de cabeça (olhar para um lado e para o outro) bem como o movimento dos olhos e da boca.

Na China, em meados dos séc. 206a.c – 220d.c, estes bonecos eram usados em cultos fúnebres. Por serem manipulados “altos”, acreditava-se que estes iam mais perto do céu.

Na prática, deve ser observado o peso dos bonecos e um planejamento de alongamento e aquecimento dos marionetistas. Dependendo da cena e do espetáculo, o marionetistas permanecerá muito tempo com as mãos elevadas, somadas ao peso do boneco.

Boneco de Balcão:

Deriva-se do “Bunraku” japonês que desde meados do séc. XVIII utiliza 3 manipuladores por boneco. O manipulador principal é responsável pelo peso do boneco, pela manipulação da cabeça e mão direita do boneco, o 2º cuida da mão esquerda e o 3º opera os pés movendo a barra do quimono do personagem. São muitos anos de treinos e só o mestre pode mostrar sua face, os outros manipulam encapuçados.
No Brasil, chama-se “de balcão” pelo ato de se manipular o boneco apoiado em um balcão preto. Há técnicas em que os marionetistas se vestem de preto e o jogo de luz os torna “invisíveis”. Há ainda grupos em que os marionetistas atuam com os personagens.

Boneco a Trangle:
Do francês “tringle” vara. Tem o corpo sustentado por uma haste metálica fixada na sua cabeça. Sua manipulação é feita de cima pra baixo. É possível desenvolver bonecos com movimentos de cabeça, mãos e pernas mas, com certas limitações. Seus movimentos são simples e bruscos... “duros”. É considerado o “pai” do boneco de fio.

Teatro de Sombras:
O teatro de sombras é um teatro que surgiu na Indonésia e tem como base a manipulação atrás de um tecido esticado onde os marionetistas ficam sentados com uma luz projetada atrás do personagem. Pode ser feito de diversos materiais como papel, couro, etc.
Teatro de formas animadas:
Existem ainda outras formas do Teatro de Formas Animadas bem como técnicas mistas. São algumas: vara e luva, bonecos habitáveis (marionetistas dentro do boneco), teatro de papel, teatro negro, teatro visual (moderno/projeção), dentre outros.
Fotos: Boneco de Vara (ROSARIANDO - Oficina 33 - Teatro de Bonecos); Teatro de sombras Wayang – Jacarta, Indonésia. Personagens feitos em couro; Boneco de fios (entre 1960 e 1970 - de rogers Barnes Fairy Godmother); Mamulengo (Teatro do riso - Mestre Zé Lopes).






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4 comentários:

Café com Leite disse...

opa! Adorei sua iniciativa, vamos manter contato, me escreve
mklara@hotmail.com
miha intenção é montar um grupo de pesquisa sobre o teatro de Animação.

Bjk
Maria Cláudia

Anônimo disse...

Que bacana Analu, seu blog, muitas informações importantes,príncipalmente para quem está iniciando o trabalho com teatro de animação. Meu nome é Thathy d Meo, sou diretora e autora, espero que possamos manter contato para troca de informações, atualmente estou desenvolvendo um trabalho de dramaturgia para teatro de formas animadas, uma vez que cada técnica tem sua especificidade.
Grande abraço!

Analu Alves disse...

É muito bom ter o contato de vocês no Blog! Estou a disposição caso queiram enviar material sobre o trabalho de vocês!!!!

Grande abraço, Analu.

Julio e Débora D'Zambê disse...

Adoramos seu trabalho.
Manipulamos boneco de vara da Ilha de Java na Indonésia.
Temos alguns
Vc sabe que faz boneco ventriloco?
Um abraço
Julio e Débora
Contadores de Histórias
www.sansakroma.com

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