PP: Analu, é um prazer ter você em minha primeira entrevista. Agradeço o convite jornalístico feito à minha pessoa (marionete). E prometo que disponibilizarei em seu blog entrevistas com bonequeiros que têm muito a oferecer à todos que visitam o blog.
Analu: Pedro Patrick, estou muito feliz com você também.
PP: Analu, como você conheceu a arte do teatro de bonecos?
Analu: Como boa mineira, e natural de Belo Horizonte, conheci o teatro de bonecos mais ou menos em 2002 assistindo o Giramundo com a A Bela Adormecida em Divinópolis, MG (na época Circuito Telemig Celular de Culura). Tirei fotos com alguns bonecos mas, foi só. Em 2005 participei da Oficina Bonecos de Minas do Grupo Giramundo, realizada também em Divinópolis. Foi "amor a segunda vista" e minha vida mudou completamente depois da Oficina. Os 2 ministrantes, atuais grandes amigos me ajudaram muito na época e eu mais alguns integrantes da Oficina, em 1 mês depois, já estávamos com um grupo criado. Um grupo não, um Projeto, o Reinados Mineiros e 6 meses depois o espetáculo "ROSARIANDO", que contava as festas de Congado com marotes e bonecos de vara.
Apresentamos algumas vezes e rapidamente nos tornamos grupo o Oficina 33 - Teatro de Bonecos.
PP: E, quais foram as atividades mais expressivas de você junto ao Oficina 33?
Analu: O Oficina 33 sempre esteve ligado às manifestações populares, assim eu e a equipe do Oficina conseguimos colocar o Grupo por 2 vezes como finalista do Prêmio Culturas Populares do Minc, ano passado ficamos como excedente. Este ano, estamos apreensivos aguardando o resultado. O Oficina apresentou em diversos municípios durante festas de Congado, o que sempre era muito emocionante. Também realizamos projetos via Lei de Incentivo a Cultura, como a nova montagem do Grupo, o espetáculo Alaguseragurê que conta os brinquedos e brincadeiras populares mineiros; este ativo.
PP: E quais foram os momentos mais difíceis?
Analu: Ressalto 3 momentos como os mais difíceis. Em ordem cronológica: manter a equipe do Rosariando que era muito grande ensaiada e pronta a espetáculos de "última hora"; a circulação de atores-manipuladores era muito grande e este foi um problema que gerou stress em toda a equipe; outro seria a dificuldade de manter salários e ajudas de custo. Os investimentos não eram satisfatórios à necessidade do Grupo; o 3º considero o falecimento de uma de nossas integrantes. Uma lindeza que estava na equipe desde a montagem dos primeiros bonecos e faleceu aos 19 anos.
PP: E o seu trabalho e o Oficina hoje?
Analu: Atualmente o Oficina está com Alaguseragurê ativo e com uma equipe reduzida de integrantes. Também estamos em uma sede provisória mas, acredito que esta seja apenas uma fase. de transição. Acredito muito na proposta do grupo.
Estou trabalhando na maior parte do tempo em BH com o bonequeiro Eduardo Felix. Também estou criando minha produtora, a Analu Produções com Marionetes, um grande sonho! Já temos 2 grupos de Curitiba, a Cia Miiller e o Fio Mágico. A idéia é termos em breve diversos serviços em teatro de bonecos, todos com alta qualificação. E de assim, levar a arte do teatro de bonecos ao conhecimento público não como "animação de eventos" mas, como espetáculos artísticos.
PP: Desejo muita sorte à você!
PP: Vamos às últimas perguntas...
PP: Um espetáculo que você assistiu e indica:
Analu: Poemes Visuals de Jordi Bertran
PP: Um bonequeiro:
Analu: Eduardo Felix
PP: Um boneco:
Analu: O Fred que eu manipulo no Alaguseragurê e Seu Geraldo. Ele é lindo!
PP: Um lugar a conhecer:
PP: Muito obrigada, Analu. Boa sorte!!!
Analu: Obrigada, PP. Salve, salve o teatro de bonecos!
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Analu.